DESAPARECIMENTO
O menino de 2 anos, que estava desaparecido desde o fim do mês de abril, foi encontrado pela Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) no Estado de São Paulo na tarde desta segunda-feira, 8. A ação foi realizada pela equipe militar do SOS Desaparecidos, com apoio da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
A criança teria sido vista por último no dia 30 de abril. Após o registro do boletim de ocorrências pelos familiares, as investigações sobre o paradeiro do menino iniciaram imediatamente. Desde o momento do desaparecimento a equipe do Programa SOS Desaparecidos e 7º Batalhão de Polícia Militar (BPM) realizaram medidas para localizarem a criança.
O menino foi localizado após trabalho das forças policiais de Santa Catarina e de São Paulo e os trâmites da apuração continuam sendo realizados em conjunto com o Judiciário e o Ministério Público. No momento a criança está bem, em segurança e com o Conselho Tutelar em São Paulo, os trâmites necessários para que ela retorne ao estado já estão em andamento.
O programa SOS Desaparecidos da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) foi criado no dia 18 outubro de 2012, através da portaria nº 1029, de 18 de outubro de 2012. O SOS Desaparecidos trabalha em parceria com diversos órgãos da Segurança Pública como: Policia Civil, Polícia Científica de Santa Catarina, Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Guardas Municipais, Defesa Civil, Ministério Público estadual e federal, Conselhos Tutelares, Secretaria de Estado da Saúde, Universidades entre outros órgãos.
RETORNO DO MENINO ENCONTRADO EM SÃO PAULO
O Governo do Estado está mobilizado para trazer de volta a Santa Catarina nesta terça-feira, 9, o menino Nicolas Areias Gaspar, 2 anos, desaparecido em Florianópolis dia 30 de abril e localizado em São Paulo ontem (8). As equipes da Polícia Militar embarcam para SP na madrugada.
Desde o resgate o menino está com o Conselho Tutelar em São Paulo.
TEORIA SOBRE O CASO
Segundo a autoridade policial que investiga o caso, Delegada Sandra Mara, o desaparecimento do menino pode estar intimamente ligado a uma rede de tráfico de pessoas no país.
Em entrevista a CBN Floripa, na manhã desta terça-feira (9) disse a Delegada:
— O menino é a ponta de iceberg. A nossa investigação uma das linhas era essa, uma quadrilha de tráfico de pessoas, da adoção ilegal, tanto que os documentos da criança foram entregues pro casal — disse a delegada.
— Sabemos que no sul do país acontecem esses desaparecimentos e acontecem essas redes de tráfico. Nossa intenção é descobrir se de fato mesmo é uma quadrilha, se o homem tem outras situações envolvendo ele nesses aliciamentos, nessas buscas de crianças, ou se isso é fato isolado — completou.
O caminho agora é revelar se outras crianças foram vítimas dessa suposta rede criminosa.
Segundo informações da investigação, a mãe do menino foi aliciada por meio de conversas na internet por pessoas interessadas na adoção da criança.
A Delegada disse que:
— O homem já vinha assediando a mãe desde que ela estava grávida. Quando ela engravidou, entrou em grupos de mães solos, de quem quer adotar e não consegue engravidar, e ele começou a aliciá-la para entregar a criança para ele. Ele foi colocado como intermediador da adoção ilegal.
DEPOIMENTO DA MÃE
A mãe da criança disse em depoimento que entregou espontaneamente seu filho. Todavia, pondera a investigadora que a mãe é muito jovem e possui instabilidade emocional.
Pelas palavras da autoridade policial:
“A menina [mãe do bebê] entrou em um grupo de apoio quando estava grávida e ele começou a conversar com ela, nesse grupo de apoio, querendo a criança, dizendo que era para ele, então tem dois anos assediando para entregar a criança. Ela é uma pessoa de saúde mental vulnerável, em um ato de desespero, ela entregou”, informou Sandra Mara.
O fato é que, independentemente da entrega por parte da mãe, a legislação penal prevê como o crime o ato de registrar o filho de outra pessoa como próprio.
A LOCALIZAÇÃO DO MENINO
A criança foi encontrada na noite desta segunda-feira (8), no bairro Tatuapé, na Zona Leste da Capital paulista.
A criança estava no banco traseiro, aparentemente em bom estado.
A mulher que estava com o menino entregou os documentos originais a polícia e disse que iria fazer a regularização.
FUTURO DA CRIANÇA
Segundo especialistas, provavelmente a criança irá retornar a família e em se não for possível a permanência poderá ser posta sob guarda da chamada família extensiva como, por exemplo, avós, tios, padrinho, etc.
Fonte: agorafloripa.com.br
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