Durante um julgamento no Tribunal do Júri em Alto Paraíso de Goiás (GO), um promotor de Justiça do Ministério Público de Goiás chamou uma advogada de “feia”, desencadeando revolta entre os presentes e resultando na anulação do júri.
O promotor Douglas Roberto Ribeiro de Magalhães Chegury dirigiu-se à advogada Marília Gabriela Gil Brambilla, chamando-a de “irônica” e, em seguida, de “feia”. A situação provocou protestos e levou uma das juradas a se retirar do plenário, ocasionando a anulação da sessão.
Em meio à polêmica, Chegury alegou que a advogada estava buscando tumultuar o processo, afirmando que o objetivo dela era provocar uma possível nulidade do julgamento em caso de condenação de seu cliente. Segundo o promotor, o julgamento tratava-se de um caso complexo envolvendo “queima de arquivo”.
Apesar das alegações do promotor, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Distrito Federal (OAB-DF) e a OAB-GO manifestaram repúdio às declarações, classificando-as como uma ofensa à advogada e uma violação de suas prerrogativas profissionais.
Em nota, a OAB-DF destacou que não tolerará qualquer forma de violência contra a advocacia, especialmente contra as mulheres advogadas. A entidade ofereceu apoio à advogada para tomar as medidas cabíveis.
A OAB-GO também repudiou as declarações do promotor, reforçando seu compromisso com a defesa da dignidade e dos direitos de toda a advocacia, especialmente das mulheres advogadas. A entidade prometeu agir para garantir uma investigação adequada sobre o ocorrido e para promover um ambiente jurídico de respeito e igualdade.
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