No desenrolar do julgamento do caso envolvendo a trágica morte do pequeno Miguel dos Santos Rodrigues, filho de Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues e enteado de Bruna Nathiele Porto da Rosa, as revelações chocantes marcaram o primeiro dia do processo.
Yasmin, hoje com 28 anos, admitiu em seu depoimento ter infligido graves agressões ao menino e, no dia seguinte, administrado uma dose excessiva de medicamentos, resultando em sua morte.
De forma angustiante, Yasmin reconheceu seu erro e declarou-se um “monstro”, reconhecendo suas falhas como mãe e ser humano.
O interrogatório revelou ainda que Bruna também participava de violências psicológicas contra a criança. As duas, já detidas, respondem pelos crimes de tortura, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
O julgamento, que se desenrolou no Foro da Comarca de Tramandaí, litoral norte do Rio Grande do Sul, trouxe à tona detalhes perturbadores do caso. Yasmin revelou ter saído de casa por um período, encontrando Bruna debaixo da mesa e, ao retornar ao quarto, se deparou com Miguel sem vida. A decisão de se desfazer do corpo em um ato desesperado revelou a gravidade da situação.
No desenrolar do processo, as alegações de ambas as rés apontaram para uma relação conflituosa e abusiva, onde acusações mútuas foram feitas. O Ministério Público argumentou pela condenação das rés pelos crimes cometidos, ressaltando a brutalidade dos atos contra o menino.
Após dois dias de julgamento, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues foi condenada a 57 anos, 1 mês e 10 dias de prisão, enquanto Bruna Nathiele Porto da Rosa recebeu uma sentença de 51 anos, 1 mês e 20 dias pelos três crimes. As acusadas permanecem detidas, com direito a recurso da decisão.
O caso, que comoveu o país pela sua crueldade, ressalta a importância do combate à violência infantil e da proteção dos direitos das crianças. A busca por justiça e a punição dos responsáveis são passos fundamentais para garantir que tragédias como essa não se repitam, reforçando a necessidade de políticas eficazes de proteção à infância e de enfrentamento à violência doméstica.”
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