O Colégio Galois, uma escola particular no Distrito Federal, tomou medidas decisivas após identificar dez estudantes envolvidos em atos de racismo durante uma partida de futsal com alunos de outra instituição privada. Os alunos foram notificados por condutas que variaram entre insultos racistas, insultos classistas e manifestações acaloradas.
Em resposta a esses lamentáveis eventos, o Galois desligou alguns dos alunos envolvidos, embora sem especificar quantos. A escola afirmou que não divulgará essa informação, considerando tratar-se de um procedimento interno administrativo. Além disso, todas as famílias envolvidas foram informadas dos resultados e das penalidades, em conformidade com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que visa proteger menores contra qualquer ação que os constranja.
Das dez pessoas notificadas, cinco optaram por deixar a escola. Para os demais, foram aplicadas sanções proporcionais à gravidade de seus atos, após análise e audiência das defesas das famílias por um Conselho de Classe.
As apurações serão encaminhadas à Polícia Civil do Distrito Federal, Secretaria de Educação, Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, e à Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima, que disputava a partida com o Galois. A intenção é evitar que situações semelhantes ocorram novamente, com todas as partes envolvidas recebendo as medidas e providências adotadas pela escola.
Como parte das ações corretivas, o Galois criou um Comitê de Diversidade e Inclusão, composto por alunos, professores, pais e membros da administração. Além disso, estabeleceu um canal exclusivo para escutar sugestões e está realizando atividades sobre diversidade e inclusão, incluindo provas com temática antirracista.
O caso remonta a uma partida de futsal no último dia 3, quando alunos da Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima foram alvo de preconceito social e injúria racial por parte dos estudantes do Galois. O diretor da Galois, Angel Andres, lamentou o comportamento reprovável e concordou que o preconceito racial e social não deve ter lugar em nenhum ambiente, especialmente em uma escola, onde os alunos devem aprender a valorizar a diversidade e promover o entendimento mútuo.
O Ministério do Esporte também condenou veementemente os atos, destacando que são contrários aos valores de igualdade, respeito e diversidade que devem ser defendidos, especialmente no ambiente do esporte escolar, crucial para o desenvolvimento social e pessoal dos jovens atletas.
Fonte: Agência Brasil.
Entre na comunidade do DIREITO EM PALAVRAS SIMPLES e receba informações gratuitas no seu Whatsapp!
Discussão sobre este post