Nesta quarta-feira, 22 de maio, a Polícia Civil de Santa Catarina prendeu Renato e Aline Openkoski, pais do menino conhecido no caso “Ame Jonatas”. A operação ocorreu em Joinville, onde o casal estava foragido. Renato foi detido próximo a uma escola, pouco antes de buscar seu filho, enquanto Aline foi presa em casa, localizada no bairro Morro do Meio.
Os dois foram condenados por desviar parte dos recursos arrecadados na campanha “AME Jonatas”, que tinha como objetivo financiar o tratamento médico do filho, portador de AME tipo 1, a forma mais grave da doença. Lançada em março de 2017, a campanha buscava custear o medicamento Spinraza, com um custo inicial de R$ 3 milhões. Com o apoio de doações, o casal conseguiu arrecadar mais de R$ 4 milhões.
No entanto, a Justiça Federal constatou que parte desse dinheiro foi utilizado para adquirir bens e serviços pessoais, sem relação com o tratamento do filho. A investigação revelou que o casal também administrava uma rede de venda de camisetas vinculada à campanha, cujo lucro deveria beneficiar Jonatas, mas que aparentemente foi utilizado para manter um padrão de vida elevado. Renato recebeu uma pena de 38 anos de prisão, enquanto Aline foi condenada a 22 anos.
A prisão do casal é vista como um exemplo de que crimes desse tipo não ficam impunes. O delegado responsável pela operação destacou que, embora a justiça possa demorar, ela chega para todos os estelionatários.
Os bens pessoais do casal, incluindo roupas, brinquedos e eletrônicos, serão leiloados ou doados para entidades beneficentes de Joinville. Itens de maior valor, como camisetas autografadas e instrumentos musicais fornecidos por atletas e artistas para a campanha, serão destinados a outras campanhas assistenciais, preferencialmente para crianças com a mesma doença que Jonatas.
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