A presença de Steven van de Velde nas Olimpíadas de Paris 2024 tem gerado grande controvérsia. O atleta holandês de vôlei de praia, condenado em 2016 por estuprar uma garota de 12 anos, cumpriu parte da pena e conseguiu voltar ao esporte, o que levou o Comitê Olímpico Internacional (COI) a ser questionado sobre a decisão de permitir sua participação nos Jogos.
Diversas organizações que lutam contra a violência sexual estão exigindo que o COI investigue a situação. Elas argumentam que permitir que Steven participe das Olimpíadas envia uma mensagem errada sobre a impunidade para crimes sexuais e causa danos às vítimas.
Ciara Bergman, CEO da Rape Crisis England & Wales, destacou que a presença de Steven nas Olimpíadas passa a impressão de que é possível cometer um crime tão grave e ainda assim ser aceito em um evento de grande visibilidade. “Se alguém pode estuprar uma criança e ainda competir nas Olimpíadas, apesar de todos os atletas assinarem uma declaração prometendo ser um modelo, isso é simplesmente chocante”, afirmou ela.
Para evitar conflitos durante os Jogos, Steven pediu para ficar isolado dos demais atletas. Ele não ficará na Vila Olímpica e não terá contato com a imprensa, de acordo com o Comitê Olímpico Holandês. Mesmo assim, a decisão de incluí-lo na competição está sendo fortemente criticada por várias organizações de direitos humanos no esporte.
O crime ocorreu em 2014, quando Steven tinha 19 anos. Ele viajou de Amsterdã até Milton Keynes, no Reino Unido, para se encontrar com uma garota de 12 anos que conheceu pela internet. Sabendo da idade e da virgindade da menina, ele a forçou a ter relações sexuais. O abuso foi descoberto quando a vítima procurou uma clínica para tomar a pílula do dia seguinte, seguindo orientação de Steven.
Dois anos depois, ele foi condenado a quatro anos de prisão, mas cumpriu apenas um ano antes de retomar sua carreira de atleta. Agora, sua participação nos Jogos de Paris está sendo alvo de críticas e pedidos de banimento por parte de diversas organizações que defendem os direitos das vítimas de violência sexual.
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