No debate realizado no Senado nesta segunda-feira (17) sobre a assistolia fetal, um procedimento utilizado para interromper a gravidez nos casos de aborto previsto em lei, uma mulher fez uma apresentação cênica impactante.
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Nyedja Gennari, contadora de histórias, encenou o desespero de um feto durante o procedimento, simbolizando o sofrimento e a resistência da vida.
A encenação ocorreu enquanto os senadores discutiam a proibição do Conselho Federal de Medicina (CFM) à assistolia fetal, que consiste na aplicação de substâncias para impedir que o feto nasça com sinais vitais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda essa prática em casos específicos.
Nyedja, natural de Cuiabá e residente em Brasília desde 1987, é conhecida por suas apresentações em diversos eventos e possui formação em ciências da educação, além de ser especializada em literatura. Ela utiliza sua arte para sensibilizar e provocar reflexões, tendo inclusive trabalhado com projetos educativos voltados para crianças vítimas de violência.
O debate no Senado envolveu também a discussão sobre o Projeto de Lei (PL) 1.904, que propõe equiparar o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, mesmo nos casos de estupro ou quando a vida da mulher estiver em risco. O projeto tem gerado manifestações de repúdio em várias cidades do país.
A performance de Nyedja Gennari durante a sessão do Senado contribuiu para intensificar o debate sobre os direitos reprodutivos das mulheres e a ética nos procedimentos médicos relacionados ao aborto.
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