A Justiça de Goiás condenou um grupo de criminosos que enganava pessoas com a promessa de “fabricar” dinheiro. Os seis acusados, alvos da Operação Houdini, usavam um falso laboratório e se passavam por químicos para ludibriar suas vítimas.
O esquema era elaborado: os golpistas se apresentavam como investidores com conexões na Casa da Moeda, deputados e até mesmo com “russos”, buscando supostos parceiros de negócios. Selecionavam cuidadosamente suas vítimas, convencendo-as de que poderiam multiplicar seu dinheiro.
Para dar credibilidade à história, o grupo prometia fabricar 10 vezes a quantidade de notas entregues pela vítima. O truque envolvia a montagem de um falso laboratório e a encenação de uma produção de dinheiro falso.
Antes do encontro para realizar o “milagre” da multiplicação do dinheiro, os criminosos solicitavam à vítima a quantidade de notas que seriam usadas como molde. Com essa informação, preparavam uma caixa térmica com papel branco e uma fina camada de dinheiro verdadeiro por cima.
Durante o encontro, um dos membros se passava por químico e montava um laboratório improvisado. Enquanto distraíam a vítima com uma mistura química falsa no banheiro, trocavam a caixa preparada com papel por aquela contendo o dinheiro real da vítima.
Após convencerem a vítima a deixar o dinheiro “de molho”, os criminosos desapareciam, levando consigo o dinheiro da pessoa enganada. As vítimas, muitas vezes temendo denunciar por estarem envolvidas em um esquema ilegal, acabavam por ser lesadas.
Os seis membros do grupo foram condenados por furto qualificado contra cinco vítimas diferentes. Dois deles também receberam condenação por integrarem organização criminosa. Quatro permanecerão presos preventivamente, enquanto dois aguardarão em liberdade o julgamento de seus recursos.
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