O cantor Gusttavo Lima está sendo investigado pela Polícia Civil de Pernambuco por suspeita de envolvimento em crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ele foi indiciado no dia 15 de setembro como parte da Operação Integration, que mira diversas personalidades no Brasil, incluindo a influenciadora Deolane Bezerra e empresários ligados ao jogo do bicho.
Entre as suspeitas que cercam o cantor, um ponto central é a venda de um avião da sua empresa de shows, Balada Eventos, que teria sido negociado duas vezes com empresários investigados. A primeira venda foi para Darwin Henrique da Silva Filho, ligado a uma família de bicheiros do Recife, e a segunda para José André da Rocha Neto, outro empresário sob investigação. A polícia acredita que essas transações envolveram dinheiro de origem ilícita, como de jogos de azar, misturado com recursos legais para dar uma aparência de legitimidade às operações.
Outro fator que chamou a atenção dos investigadores foi o cofre com R$ 150 mil em dinheiro encontrado na sede da empresa de Gusttavo Lima, em Goiânia. A defesa do cantor afirma que esse valor era para o pagamento de fornecedores, mas a polícia considera um indício de lavagem de dinheiro.
Além disso, foram localizadas 18 notas fiscais sequenciais, que somavam mais de R$ 8 milhões, emitidas pela empresa de Gusttavo Lima para a PIX365 Soluções, supostamente ligada à plataforma de apostas Vai de Bet. A defesa alega que os valores foram declarados e os impostos pagos, mas a polícia vê essas movimentações como suspeitas.
Outro ponto delicado envolve a viagem de Gusttavo Lima à Grécia, onde ele foi flagrado com Rocha Neto e sua esposa, Aissla, ambos com prisão decretada na época. O casal, investigado por movimentar quantias incompatíveis com seus rendimentos, teria pegado carona no avião do cantor para fugir do Brasil. Isso levou à prisão temporária de Gusttavo Lima, que foi revogada em menos de 24 horas.
A defesa do cantor nega qualquer envolvimento com atividades ilícitas e diz que todos os contratos e negócios foram realizados de forma transparente, sem ocultação de informações ou irregularidades.
O caso segue em investigação, e agora, o Ministério Público decidirá se levará ou não as denúncias à Justiça.
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