O julgamento dos processos que pedem a cassação do senador Sergio Moro, marcado para começar às 14h desta segunda-feira (1º), promete ser um dos momentos mais aguardados no Tribunal Regional Eleitoral de Curitiba. Moro é acusado de abuso de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral de 2022, porém, ele nega veementemente todas as acusações.
Figura central na política brasileira após sua atuação como juiz na Operação Lava Jato, Moro angariou uma base de apoio significativa, conquistando 1,9 milhão de votos nas eleições. As acusações contra ele, movidas pelo Partido Liberal (PL) e pela Federação Brasil da Esperança (FÉ BRASIL), apontam para um suposto desequilíbrio eleitoral causado por sua pré-campanha presidencial e uso indevido de recursos financeiros.
No tribunal, sete membros compõem a corte responsável por julgar Moro. O processo inclui análise do relatório do desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, onde são apresentadas as denúncias e defesas. Ao término, todos os membros votarão, dada a gravidade das acusações, podendo a decisão ser levada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em caso de recurso.
Além de Moro, seus suplentes também são alvo das acusações. As alegações apontam para a utilização indevida de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Campanha, bem como movimentações financeiras suspeitas para construção da imagem política.
Sergio Moro, conhecido por sua atuação como juiz na Lava Jato, foi eleito senador pelo Paraná em 2022. Sua trajetória política inclui passagens pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública no governo Bolsonaro, além de uma breve filiação ao Podemos antes de ingressar no União Brasil, partido pelo qual se elegeu.
O desfecho desse julgamento não só terá impacto na carreira política de Moro, mas também lançará luz sobre as práticas eleitorais no país.
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