No Recife, um casal de mães registrou um boletim de ocorrência contra a escola onde sua filha de 9 anos foi obrigada a participar de uma homenagem ao Dia dos Pais, mesmo sem ter um pai presente. O caso aconteceu em uma unidade do Colégio Elo, localizada no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife.
De acordo com Maira Moraes, uma das mães da criança, a filha foi forçada a subir no palco durante a apresentação, mesmo pedindo para não participar. A menina também foi levada para uma foto coletiva com os colegas e seus pais, embora estivesse desacompanhada de qualquer familiar. Maira só soube do ocorrido porque uma mãe de um colega de classe entrou em contato, preocupada, informando que a menina havia chorado durante o evento.
Maira explicou que, desde a matrícula, a escola sabia que sua filha é filha de duas mulheres e não tem pai. Em anos anteriores, a instituição seguiu a orientação de deixá-la em sala de aula durante comemorações como o Dia dos Pais, mas desta vez a recomendação foi ignorada, mesmo com a garota pedindo para não participar.
Nathália Lins, a outra mãe da criança, tentou entender o que aconteceu e foi até a escola para conversar com os responsáveis. Ao chegar lá, ficou surpresa ao saber que a coordenação não estava ciente do ocorrido. Nathália ressaltou que o Dia dos Pais é uma data sensível para sua filha e se preocupou com o impacto emocional que o incidente pode ter causado.
Uma testemunha, que estava no evento, relatou que viu a menina pedir para voltar para a sala de aula, mas o pedido foi negado. A garota acabou sendo acolhida no colo dessa testemunha durante toda a apresentação, mas, ao final, a professora a levou para participar da foto com os colegas e seus pais, colocando-a ao lado dela no palco.
Maira também questionou o porquê de sua filha ter sido forçada a participar do evento, já que elas, como casal, sempre participam juntas das comemorações de Dia das Mães. Para ela, não fazia sentido forçar a criança a participar de um evento que não condiz com a realidade de sua família.
A escola, em resposta ao ocorrido, informou que o caso está sendo analisado pelo corpo jurídico da instituição, mas até o momento não explicou por que a recomendação das mães não foi seguida. A Polícia Civil registrou a ocorrência e informou que as investigações estão em andamento para esclarecer os fatos.
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